Barbacena tem marcas e símbolos da Inconfidência Mineira. Quem a pela praça Dom Silvério, no Centro da cidade, pode observar, ao lado da Igreja do Rosário, um monumento com o busto de Tiradentes ao lado esquerdo do templo religioso. Além disso, a bandeira oficial de Barbacena conta com a imagem de um braço que representa o braço direito de Tiradentes que foi enterrado no local onde a igreja foi erguida.

“O movimento foi feito por alguns integrantes, principalmente da elite da capitania de Minas Gerais, e toda trama, toda a conspiração aconteceu em 1788, embora ela tenha sido descoberta em 1789”, comentou a historiadora e pesquisadora Edna Maria Rezende
Barbacena tem tudo a ver com a data, deu-se o nome da localidade, em uma homenagem forçada ao governador Visconde de Barbacena, ando pelo traidor Silvério dos Reis que morava e tinha terras nas imediações do atual bairro do Pontilhão, e outros cinco inconfidentes, entre eles o dono da Fazenda da Borda do Campo, Coronel José Ayres Gomes, e o célebre Padre Manoel Rodrigues da Costa.
Todos foram condenados e exilados, sendo que o Padre Manoel pode voltar a Barbacena, mas Ayres Gomes não teve a mesma sorte e acabou morrendo na África. A bandeira da cidade, como dito acima na reportagem, estampa o braço de Tiradentes, que foi enterrado em Barbacena, dentro da então macabra repressão da coroa portuguesa.
Documentos antigos dos inconfidentes podem ser encontrados na Casa da Cultura de Barbacena, onde estão arquivados o testamento do Padre Manoel Rodrigues da Costa, que foi um dos poucos exilados que conseguiu voltar para a casa, além de uma carta pessoal do coronel José Aires Gomes.
“Os autos de devassa é o processo que foi feito com toda a investigação da conspiração. É o documento mais importante para se estudar a Inconfidência, pois outros foram destruídos”, contou a historiadora.
Se tivessem sucesso, os inconfidentes pretendiam proclamar a República em Minas Gerais inspirada nos Estados Unidos, realizar eleições anuais, diversificar a economia, instalar manufaturas e perdoar as dívidas dos inconfidentes. Mas, no fim da história, eles foram repreendidos pela Coroa e o único executado foi Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, decapitado e esquartejado em 1792.

O dia 21 de abril é um feriado nacional no Brasil, conhecido como o Dia de Tiradentes. Essa data é uma homenagem a Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes, um dos principais líderes da Inconfidência Mineira, um movimento que buscava a independência do Brasil do domínio português no século XVIII.
Tiradentes foi um dentista, comerciante, minerador, militar e ativista político que viveu durante o período colonial brasileiro. Ele teve um papel crucial na conspiração da Inconfidência Mineira, que visava libertar o Brasil da autoridade portuguesa.
Em 1789, Tiradentes foi preso no Rio de Janeiro e, após um julgamento, foi condenado por traição à Coroa portuguesa. Sua execução ocorreu em 21 de abril de 1792, quando foi enforcado e esquartejado em Ouro Preto, Minas Gerais. Sua morte foi um dos episódios mais marcantes na luta pela liberdade do Brasil.
A data de 21 de abril foi instituída como feriado nacional para homenagear Tiradentes como um mártir da luta pela independência do Brasil. Ele é considerado um símbolo da resistência contra a opressão e um precursor da luta pela liberdade nacional. O feriado serve como uma forma de reconhecer sua coragem e legado, que ressoam até hoje na história brasileira.




Com informações: G1 e Exame/fotos: Januário Basílio.